sábado, 19 de junho de 2021

Mortes de mais jovens por Covid-19 indicam avanço de vacina


Se no primeiro ano da pandemia de Covid-19 no Brasil, que começou em março de 2020, de 70% a 80% dos óbitos estavam concentrados entre pessoas com mais de 60 anos, em março deste ano os números começaram a mudar e as mortes de pessoas mais novas, até 59 anos, já passam da metade.

O coordenador do sistema InfoGripe da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), Marcelo Gomes, explica que essa tendência de redução da idade dos óbitos é influenciada por dois fatores. O primeiro deles é o avanço da vacinação no país, que iniciou no fim de janeiro pelas pessoas mais velhas.

O outro fator apontado por ele para a redução da faixa etária dos óbitos é a maior circulação das pessoas em idades mais ativas.

“A outra parte se explica porque, quando a gente teve aquela subida [de casos e óbitos por Covid-19] fortíssima a partir de fevereiro, nessas fases de crescimento muito acelerado, é usual a gente observar um aumento proporcional, relativo, da população mais exposta, ou seja, a que circula mais, que é a mais jovem. Teve um efeito desse período de transmissão acelerada, que afeta a população mais ativa.”

De acordo com Gomes, é necessário que a queda na transmissão do novo coronavírus se sustente por um período mais longo, até atingir níveis pré-pandemia, para que então sejam retiradas as medidas restritivas de circulação e segurança sanitária, como distanciamento social e uso de máscara.


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