Em entrevista, nesta terça-feira (10), à TV Tropical. Durante a conversa para o Balanço Geral RN, ele relatou, com detalhes, o que aconteceu no último domingo (8), dia em que a pequena Laura, de apenas 4 anos, foi assassinada a tiros.
Emocionado, Wendel narrou as cenas de horror que viveu na data em que comemorava o Dia dos Pais com suas duas filhas. “Eu havia combinado de buscá-las para almoçarmos juntos. Perto do meio dia, fui até a casa da mãe delas, de quem sou separado, peguei elas e seguimos, de carro, para a casa da minha mãe. Queria que a avó visse as meninas. Quando cheguei, ficamos na calçada esperando o portão abrir. As meninas perto de mim e eu de costas para rua batendo no portão. Os homens chegaram, em um celta vermelho. Só ouvi a minha filha mais velha gritar: “Pai, vão atirar na gente”. Quando eu olhei, já vinha os tiros. Laurinha já estava caída no chão e os vidros dos carros quebrados. Eu me abriguei com elas. E eles saíram correndo. Laurinha estava no chão, deitada…”
Wendel conta que pegou a filha mais nova nos braços, colocou no carro e saiu em disparada para o Hospital Santa Catarina, na zona norte de Natal. O crime aconteceu na mesma região, no bairro Gramoré. “Coloquei-a no banco do meu carro, já com o rosto apagado. Saí pedindo ajuda, dirigindo e pedindo socorro nos grupos da PM a alguns amigos meus. Em dado momento, ela escorregou para o piso do carro e eu a puxei pelo braço e a coloquei no meu ombro. Eu gritava, mas não sabia que, àquela altura, ela já estava morta. Porque o tiro foi no peito. Cheguei ao hospital, coloquei ela na sala de atendimento e saí porque sabia que não tinha mais vida ali”.
Após a morte da filha, o policial diz ter certeza de que o verdadeiro alvo dos atiradores seria ele mesmo